Desenvolvida por: Luiz Gustavo
O projeto apresenta como objetivo principal o diagnóstico das populações de sagui-da-serra (Callithrix flaviceps) no município de Santa Bárbara do Leste – MG, usando como metodologia censos com playback. O trabalho também possui como objetivo específico identificar a presença ou ausência de saguis invasores ou saguis híbridos, tendo em vista que o C. flaviceps se enquadrada como criticamente em perigo de extinção pela IUCN e também entrou para lista das 25 espécies primatas mais ameaçadas do mundo. Além disso, o projeto realiza um levantamento do conhecimento dos moradores locais sobre a espécie com intuito de aplicar atividades de educação ambiental futuramente para auxiliar na conservação do sagui-da-serra.
Desenvolvida por: Samuel Brasileiro
O trabalho avaliou por meio de uma revisão sistemática dois métodos de amostragem populacional de primatas: o método tradicional de transecto linear e o método de uso de playback. Foram localizados através do Google Acadêmico, 363 trabalhos, usando os seguintes descritores: “Densidade”, “Estimativa”, “Transecto linear”, “Playback”, “Transecto”, “Primatas”, “Callithrix”. Vários autores que usaram transecção linear apontaram dificuldades como o baixo número de registros dos animais durante a pesquisa e impossibilidades em estimar a densidade das espécies. Já os trabalhos amostrados que utilizaram a metodologia de playback, não apontaram subestimação dos dados ou inviabilidade do cálculo das densidades. Dessa forma, pode-se concluir que: respeitando as premissas e princípios da metodologia, o uso de playback é mais eficiente do que o uso tradicional dos transectos lineares em estudos populacionais de primatas de vida livre, pois permite que o pesquisador tenha uma maior quantidade de registros das espécies pesquisadas em menor tempo, possibilitando assim a coleta e análise de dados mais confiáveis.
Desenvolvida por: Natalia Sales Vieira Vitória
Em parceria com a zootecnista Ana Raquel Farias, da Fauna em Foco, este trabalho tem como objetivo reformular a dieta previamente encaminhada aos primeiros animais enviados ao Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra da Universidade Federal de Viçosa. De acordo com as atuais exigências nutricionais para o gênero Callithrix e as especificidades do criatório científico e da espécie do plantel, as dietas serão balanceadas e revisadas periodicamente, com intuito de desenvolver cardápios padrões para cada fase fisiológica dos animais, contendo ingredientes fixos e rotativos, assim, na tentativa de garantir continuamente a saúde e reprodução dos saguis-da-serra escuros (Callithrix aurita), espécie ameaçada de extinção, pertencentes da instituição.
Desenvolvida por: Larissa Vaccarini
O sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) é um primata endêmico da Mata Atlântica do sudeste do Brasil considerado “Em Perigo” de extinção. Uma das principais ameaças à espécie é a expansão de congêneres invasores, que impactam a espécie nativa em função da competição por recursos e da hibridação. A presente pesquisa objetivou desenvolver um manejo experimental de Callithrix sp., integrando a testagem de métodos contraceptivos para o controle populacional com a investigação sobre a valoração desses animais pela comunidade local. Foram enviados questionários, para identificar qualitativamente o conhecimento e a relação destas pessoas com os saguis que habitam a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os questionários obtidos foram analisados com o software IRaMuTeQ®️7. Paralelamente, três grupos de Callithrix sp. foram capturados. Seis machos foram deferentectomizados e em duas fêmeas foi realizada ligadura de trompas. Os grupos foram ressocializados e então liberados em fragmentos de mata da UFV. Foram realizadas buscas semanais destes grupos, que não foram encontrados até então. Os protocolos de manejo dos saguis demonstraram-se adequados e podem ser úteis em futuras iniciativas para controle populacional deste gênero. Além disso, indicam que a comunidade tem forte ligação com os saguis que habitam a UFV, interagindo diretamente com estes animais. A percepção do público se mostrou carente de conhecimento sobre Callithrix, evidenciando a necessidade de ações de educação ambiental voltadas a este gênero. Assim, espera-se subsidiar a tomada de decisões para a conservação de C. aurita, incluindo o controle dos congêneres invasores, considerando a percepção da comunidade sobre os saguis e seus habitats.
Desenvolvida por: Samuel Brasileiro
O trabalho objetiva levantar novas áreas de ocorrência do Callithrix aurita em áreas não protegidas, em fragmentos florestais da cidade de Guidoval (MG) e analisar a influência da cobertura e uso do solo sobre a presença ou ausência de C. aurita e Callithrix sp., visando contribuir para o aprimoramento das medidas estratégicas de conservação. A metodologia de coleta de dados consiste em transectos ao redor de 15 fragmentos, com pontos de parada para a realização de chamadas playback. A paisagem será analisada através de 12 classes de mapeamento, serão calculadas as proporções de cada classe de mapeamento e o índice de conectância visando gerar as estimativas de probabilidade de detecção e a probabilidade de ocupação local. Foram amostrados 71 pontos, onde em 4 foram encontrados grupos puros de Callithrix aurita; em 5 pontos foram encontrados grupos mistos de C. aurita e híbridos e em 8 pontos foram encontrados apenas indivíduos híbridos. As análises dos dados estão em andamento. Novos registros de grupos puros de C. aurita são muito importantes mas a presença de indivíduos híbridos ameaça a persistência da espécie em Guidoval (MG), necessitando de medidas de manejo.
Desenvolvida por: Thales Claussen
A Mata Atlântica abrangia originalmente 1.315.460 km² no território brasileiro. Seus limites originais contemplavam áreas em 17 Estados, o que correspondia a aproximadamente 15% do Brasil. Essas áreas vêm sendo suprimidas pela expansão das áreas urbanas e rurais para sustentar o aumento da população humana. No entanto, ainda detém um grande número de espécies de fauna endêmica, essenciais para a manutenção do equilíbrio de seus ecossistemas.
Além da ameaça da degradação ambiental, algumas espécies do gênero Callithrix sofrem com problemas relacionados à introdução de congêneres alóctones em sua área nativa. Como no caso do C. flaviceps, que precisa competir por recursos com indivíduos de C. penicillata e C. geoffroyi introduzidos. A introdução de espécies também traz outro grave prejuízo às populações nativas que é a hibridação entre os táxons que gera descentes férteis.
Estes fatores levaram o Callithix flaviceps à um declínio populacional de pelo menos 20% em apenas duas gerações. Estima-se que o tamanho da população total remanescente é de cerca de 4.440 indivíduos, o que faz dela uma espécie ameaça de extinção, classificada como “em perigo” (EN) no Livro Vermelho do ICMBio e como “criticamente em perigo” (CR) pela IUCN.
A Análise de Viabilidade Populacional é um método para se estimar a situação de conservação de uma população ou espécie no futuro, com o objetivo de examinar se esta população é viável no longo prazo e identificar quais estratégias de manejo são mais eficazes para reverter um caso de baixa viabilidade.
Neste trabalho vamos nos dedicar em avaliar a situação de conservação da espécie Callithrix flaviceps por meio da análise de viabilidade das populações presentes na região de Ipaba, MG, bem como definir novas estratégias que visem a garantia da sobrevivência dessa espécie no futuro.
Desenvolvida por: Sarisha Trindade
O objetivo principal do trabalho foi de realizar um levantamento populacional por meio de censos com playback das populações de sagui-da-serra (Callithrix flaviceps) nas áreas particulares pertencentes à empresa de celulose Cenibra e em seu entorno na região de Ipaba – MG, a fim de contribuir com o conhecimento sobre a espécie localmente e para desenvolver estratégias de conservação para a espécie. Além do mais, também foi feito um levantamento de outras espécies de saguis e possíveis híbridos com C. geoffroyi e C. penicillata.
Desenvolvida por: Ana Maria
Nas regiões sudeste e sul do Brasil, a ocorrência de indivíduos híbridos oriundos das espécies de Callithrix jacchus, C. penicillata, C. geoffroyi, C. flaviceps e C. aurita, são consideradas invasoras, representando uma ameaça à sobrevivência in situ de espécies nativas em risco ou ameaçadas de extinção, como o Callithrix aurita (também conhecido como Sagui-da-Serra-Escuro) e Callithrix flaviceps (também conhecido como Sagui-da-Serra-Claro). Ainda assim, pouco se sabe se os calitriquídeos híbridos de vida livre albergam microrganismos ou parasitas com potencial patogênico para Callithrix aurita e C. flaviceps, além de zoonoses para a espécie humana.
Para detectar esses possíveis patógenos, o estudo propõe a coleta de amostras biológicas de saguis híbridos (Callithrix sp.) de vida livre capturados em fragmentos de mata do município de Viçosa – MG e região, que serão submetidas a testes moleculares, sorológicos, parasitológicos e exames complementares para detecção de agentes causadores de doenças, além da realização de exames coproparasitológicos e, exames hematológicos como hemograma completo e testes bioquímicos. O estudo e conhecimento da higidez dos calitriquídeos de vida livre e dos microrganismos presentes nesses animais oriundos do município de Viçosa – MG e região, irá colaborar para a construção de um perfil epidemiológico da saúde ambiental, o qual poderá ser utilizado em ações preventivas para as espécies de Callithrix sp. em risco de extinção e, para ações preventivas em relação ao potencial zoonótico de afecções que serão possivelmente diagnosticadas.
Desenvolvida por: Natassha Andrade
O Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra situado na Universidade Federal de Viçosa (CCSS-UFV) é um criadouro científico voltado para a conservação de Callithrix aurita. Seus recintos têm como estrutura permanente uma árvore feita de PVC e, junto a ela, estruturas de madeiras. No entanto, pelo PVC ser uma estrutura não usual em recintos de primatas, é necessário que haja estudos acerca da viabilidade da sua utilização pelos animais. Sendo assim, este projeto visou analisar o comportamento de dois indivíduos de C. aurita diante das estruturas de PVC e madeira. Anotou-se os comportamentos realizados em cada tipo de estrutura a partir da metodologia animal focal, com anotação a cada 30 segundos no decorrer de uma hora, em dois turnos: manhã e tarde. A coleta de dados ocorreu de março a maio de 2021, tendo oito sessões por semana, resultando em 60 horas por animal, e para a análise dos dados realizou-se teste de qui-quadrado com nível de significância de p≤0,05. Os resultados mostraram que apenas três comportamentos (esticar, lamber e pendurar) não tiveram diferença significativa, enquanto outros três (deitado, autocatação e alocatação) foram mais frequentes no PVC, e os demais comportamentos mais expressos na madeira. De maneira geral, houve uma preferência por parte dos animais pelas estruturas de madeira em comparação ao PVC. Apesar disso, o uso do PVC ainda é uma opção válida para os recintos da espécie, desde que associado com estruturas de madeira, já que permite a realização de todos os comportamentos, exceto a escarificação, além de facilitar a ambientação e higienização dos recintos. Todavia, é necessário que um número maior de animais seja avaliado para que se possa analisar melhor a preferência da espécie frente a essas estruturas.
ccss@ufv.br
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Samuel Brasileiro
O trabalho avaliou por meio de uma revisão sistemática dois métodos de amostragem populacional de primatas: o método tradicional de transecto linear e o método de uso de playback. Foram localizados através do Google Acadêmico, 363 trabalhos, usando os seguintes descritores: “Densidade”, “Estimativa”, “Transecto linear”, “Playback”, “Transecto”, “Primatas”, “Callithrix”. Vários autores que usaram transecção linear apontaram dificuldades como o baixo número de registros dos animais durante a pesquisa e impossibilidades em estimar a densidade das espécies. Já os trabalhos amostrados que utilizaram a metodologia de playback, não apontaram subestimação dos dados ou inviabilidade do cálculo das densidades. Dessa forma, pode-se concluir que: respeitando as premissas e princípios da metodologia, o uso de playback é mais eficiente do que o uso tradicional dos transectos lineares em estudos populacionais de primatas de vida livre, pois permite que o pesquisador tenha uma maior quantidade de registros das espécies pesquisadas em menor tempo, possibilitando assim a coleta e análise de dados mais confiáveis.